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Estilhaça-me, de Tahereh Mafi

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Você pode ler outra resenha desse livro aqui. Esse livro foi recebido pelo blog como parte da Dominação Distópica.

Antes de começarmos tenho que dizer que:

Estilhaça-me é muito mais do que apenas mais um romance.

Já no início do livro conhecemos Juliette que há 264 dias está aprisionada em um manicômio, ela é uma personagem que já sofreu muito na vida, em seus 17 anos de vida já passou por muita humilhação e por quê?

Porque Juliette é diferente, por que seu toque é poder seu toque é letal, ela foi abandonada por todos que ela amava, inclusive por seus pais que parecem odiá-la, anos de sua vida perdidos atrás de curas, pesquisas médicas, de sofrimento, de dor.

Tenho uma maldição.
Tenho um dom.

Sou um monstro.
Sou sobre-humana.

Meu toque é letal.
Meu toque é poder.

Sou a arma deles.
Lutarei contra eles.

 Juliette não pode tocar em ninguém, todos que a tocam morrem. E aí, para mexer com a quase insanidade de Juliette ou não, um rapaz chamado Adam é colocado em sua cela; a garota já nem sabe como é conversar com outra pessoa, senão consigo mesma e conforme a história vai se desenvolvendo um romance vai aparecendo e QUASE que um triângulo amoroso também. Sim o livro é romance também, então algumas coisas são um pouco descritivas demais, principalmente quando Juliette está pensando descrevendo em Adam, eu não costumo ler muitos romances, mas este não me decepcionou, pois a autora o fez de um jeito belo e poético.

Uma palavra, dois lábios, três quatro cinco dedos formam um punho.
Um canto, dois pais, três quatro cinco razões para esconder-se.
Uma criança, dois olhos, três quatro dezessete anos de medo.
Um cabo de vassoura quebrado, um par de rostos ferozes, sussurros coléricos, fechaduras na minha porta.
Olhe para mim – é o que queria dizer a você. Fale comigo de vez em quando. Encontre-me a cura para estas lágrimas, gostaria muito de soltar o ar dos pulmões pela primeira vez na vida. (Pág. 35 – Capítulo 6)

O suposto vilão da história é Warner, um rapaz jovem, ambicioso e egocêntrico, ele é o terceiro elemento do QUASE triângulo amoroso de Estilhaça-me e, na boa, ele é meio “suspeito” como vilão, talvez ele seja só um tirano em busca da atenção que nunca teve, não estou dizendo que ele seja bonzinho e que fique passando a mão na cabeça dos outros (acredite ele faz coisas horrorosas no decorrer da trama) e quero deixar bem claro que eu não gostei dele e que em momento algum torci por ele, é como dizem: “Nem um vilão acha que é vilão, na verdade ele acha que é mocinho da história”. Porém, em determinado momento, ele faz algo com Juliette que, embora pareça horrível, acaba a protegendo dos soldados que poderiam fazer de tudo com ela, que parece frágil, até estuprá-la. Até onde se sabe Warner é filho do “chefão” do Restabelecimento e comanda boa parte da organização por este motivo, é ele quem vai atrás de Juliette interessado no dom da garota para dar uma “forcinha” à organização, só que com o tempo ele vai querendo um pouco mais mais mais mais de Juliette do que só utilizar dos poderes dela.

 A autora Tahereh Mafi usou a distopia como um plano de fundo para a história, já que temos “O Restabelecimento”, uma organização que veio com falsas promessas de paz em uma época aonde guerras dominavam o planeta. Agora, eles dominam o mundo e destroem a todos que se opõem à sua ditadura, onde não há mais liberdade, não há ar puro, comida, animais… destruição é tudo o que se tem.

O livro é narrado em primeira pessoa, ou seja, nós temos a visão de Juliette do mundo, então não espere por muita informação de alguém que ficou trancafiada durante anos. Mas calma, porque as informações acabam saindo “da boca” dos outros personagens envolvidos na trama. O livro tem uma narrativa meio diferente você verá muitas palavras cortadas assim, porém em momento algum isso atrapalha no desenvolvimento da história, já que este recurso estilo é usado quando Juliette solta alguns pensamentos meio “insanos”; outra coisa que não agradou muita gente foi o fato de a autora repetir várias várias várias várias vezes palavras, sem usar ponto ou vírgula, vou admitir que no início eu achei meio estranho, mas depois fui levando na esportiva, afinal, Juliette já está com a mente meio desiquilibrada após todos esses anos de dor e sofrimento e acho que a autora quis transmitir um pouco disso usando esses dois recursos estilos. É o que eu acho.

Em várias resenhas vi que a galera apelou muito para comparações negativas com os X-Men, por exemplo, comparando Juliette com a Vampira/Rogue e eu acho muito desnecessária essa comparação, sinceramente, não acho que Juliette seja uma “cópia” da Rogue, sim, os poderes das duas são MEIO parecidos, mas não são iguais até aonde vai o meu entendimento, tem um artigo bem interessante dando detalhes mais específicos das diferenças entre as duas no site Icult Gen, eu vou deixar um link no final do post para você, leitor, dar uma olhada e tirar suas próprias conclusões.

Vamos parar de conversa e vamos ao que interessa. Afinal, o livro é bom ou não é? Sim, eu gostei de Estilhaça-me e com certeza indicarei este livro se algum amigo/conhecido estiver procurando por algo do gênero, nesse livro temos ação, ficção, fantasia e ROMANCE, eu não me arrependo de ter aceitado o convite de resenhá-lo e, acredite, teve momentos em que eu simplesmente não conseguia parar de ler, mas esse é o meu ponto vista, você pode estar lendo a minha resenha agora e ter discordando de tudo o que eu escrevi acima e simplesmente ter odiado Estilhaça-me OU assim como eu ter adorado este livro. Cada um tem uma opinião, nem todo livro é para todo mundo, porém Estilhaça-me foi muito bem para mim. Se você curtiu os pontos que destaquei, é bem provável que vá gostar dele, como eu. Então se você ainda não leu esse livro, vá, compre e leia que aposto que você gostar odiar.

Abaixo está o link do post do Icult Gen que eu citei na resenha.

- As diferenças entre X-Men e o livro Estilhaça-me

 

Vinicius Scheuer
I find your lack of faith disturbing!”


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